A partir de junho, a nota fiscal deve informar ao consumidor que ele está pagando de imposto em cada produto ou serviço. Em um país como o nosso, onde a carga tributária é considerada uma das mais altas do mundo, esta transparência significa mudanças importantes, tanto para o consumidor e para o empresário. Saiba como se preparar!
A nova lei torna obrigatória a informação em documentos fiscais o valor aproximado de impostos federais, estaduais e municipais sobre as vendas de bens e serviços. “Basicamente, serão considerados os seguintes impostos: ICMS, IPI, ISS, PIS, COFINS, CIDE sobre os combustíveis e IOF (serviços financeiros)”, explica o procurador Lal Nagasse, especialista em direito processual imposto pela PUC de São Paulo.
Para os empresários a mudança significa usar um painel visível, outro meio eletrônico ou impresso, que demonstra o percentual do valor aproximado de impostos cobrados sobre todos os bens ou serviços oferecidos para venda.
“Os valores podem ser calculados semestralmente por instituições respeitáveis relacionadas ao cálculo e análise de dados econômicos”, indica o doutorado e mestrado em direito fiscal, Fabiana Lopes Pinto. De acordo com o especialista, os estabelecimentos que não cumprirem estarão sujeitos a pesadas sanções. Estas incluem multas, apreensão, confisco de licença ou atividade e proibição.
É importante que os consumidores brasileiros tenham plena consciência do que realmente estão pagando e, assim, a possibilidade de exigir do poder público, melhorias nos serviços prestados e questionando futuros aumentos de impostos.
No entanto, o Dr. Moore faz uma ressalva importante. Segundo ele, é injusto deixar a conta final para o setor produtivo, que terá de arcar com todos esses custos. “O mais razoável seria o Governo, que recolhe os impostos, fornecem essa informação, ou a si mesmo, para contratar esses institutos, se você não tem o mesmo”, conclui.
E você, está preparado para essas mudanças?